Você já parou para se perguntar: “Quais são meus talentos?” ou então, “Será que eu sou bom ou boa em algo?”

Aposto que sim. Eu mesma já me fiz essa pergunta muitas vezes — principalmente quando recebia um feedback focado só no que eu precisava melhorar ou quando meus resultados positivos passavam despercebidos. Nessas horas, a gente começa a se questionar: “Afinal, no que eu realmente sou boa?”

Agora pense: quando foi a última vez que alguém te elogiou por algo que você fez bem? Ou melhor ainda, quando foi a última vez que você mesmo ficou orgulhoso ou orgulhosa de algo que realizou? Não é tão fácil lembrar, né?

Isso acontece porque, culturalmente, tendemos a focar mais no que nos falta do que no que fazemos bem. É o que chamamos de cultura do déficit. E não é só coisa de brasileiro — isso é humano. Na Idade da Pedra, prestar atenção nas nossas fraquezas era uma questão de sobrevivência: se não soubéssemos correr, poderíamos ser pegos; se não soubéssemos caçar, passaríamos fome.

Mas hoje o cenário é outro. Não precisamos mais focar nas fraquezas para sobreviver. Será que não existe uma forma mais eficaz de direcionar nossa energia?

Foi com essa pergunta que, lá na década de 1950, o psicólogo Donald Clifton entrou para a história ao lançar o questionamento:

“O que aconteceria se focássemos no que está certo com as pessoas, ao invés de nos fixarmos no que está errado com elas?”

A partir dessa ideia nasceu a metodologia que conhecemos hoje como CliftonStrengths, desenvolvida por Donald Clifton e pela Gallup ao longo de décadas de pesquisa.

Segundo a Gallup, Talentos são nossos padrões naturais e recorrentes de sentimento, pensamento e comportamento que podem ser usados produtivamente. Em outras palavras: são aquelas características que já temos há muito tempo, que fazemos com facilidade e que geralmente gostamos de fazer.

Alguns exemplos? Ter facilidade de colocar pensamentos em palavras e gostar de contar histórias. Ou então, adorar pensar profundamente sobre (quase) tudo. Existem milhares de combinações de talentos por aí.

A ciência dos Pontos Fortes nos ensina que, quando damos nome a essas características e as reconhecemos no dia a dia, conseguimos enxergar — mesmo num mar de fraquezas — aquilo que fazemos bem e que podemos desenvolver ainda mais.

Esse processo de desenvolvimento é o que chamamos de investir em Talentos para transformá-los em Pontos Fortes. A Gallup define Ponto Forte como a capacidade de atingir consistentemente um desempenho quase perfeito numa tarefa específica.

E vamos combinar: quem não gostaria de alcançar um desempenho quase perfeito em algo?

A grande sacada é que só conseguimos isso a partir dos nossos padrões naturais (os Talentos). Quando tentamos melhorar o que não é natural para nós, só gastamos mais energia e tempo — com resultados limitados.

As pesquisas globais da Gallup mostram que pessoas que trabalham a partir dos seus Pontos Fortes — ou seja, que têm a oportunidade de fazer o que fazem de melhor todos os dias — são:

✅ Até 6x mais engajadas em seus trabalhos

✅ 3x mais propensas a relatar uma excelente qualidade de vida

Ou seja, é uma metodologia que alia bem-estar com resultados. Não é exatamente isso que a maioria dos profissionais busca hoje em dia?

Depois de refletir sobre tudo isso, me conta: ainda faz sentido gastar tempo e energia tentando desenvolver só as suas fraquezas?

Como dizia Donald Clifton:

“Suas fraquezas nunca serão desenvolvidas, já seus Pontos Fortes podem se desenvolver infinitamente.”

Talvez este seja um bom momento para olhar com mais carinho para o que você já faz bem. Quem sabe você se surpreenda com o que pode desenvolver a partir daí?  E conte com a gente nessa jornada de descoberta e desenvolvimento.